Marla de Queiroz

Não tenho a menor pretensão de ser uma pessoa excêntrica. Mas tenho plena consciência de que, apesar de ter uma vida normal, nunca serei uma pessoa comum. O que me faz constatar isto é o meu olhar e a minha mente aberta. Não tenho medo de me expor, não tenho a menor curiosidade em saber o que pensam sobre as minhas atitudes. Recebo críticas e elogios com a mesma naturalidade. Digo não e sim sem a menor culpa. Minha maior ambição é espiritual. Minha melhor companhia sou eu: me presenteio com momentos maravilhosos, com coisas que realmente me dão alegria. Eu preservo amigos reais, virtuais, mas verdadeiros. Eu procuro me surpreender comigo mesma o tempo todo: mudando de ideia, de escolha, de parceria, de tema, de capítulos, de sujeitos. Quando me relaciono, fico absolutamente inteira no lugar que escolhi. Eu vivo a entrega. Às vezes faço uma má escolha, por outras vivo histórias absurdamente bonitas. E não aceito ser posta em segundo plano porque eu me coloco em primeiro: faço por merecer. Pode parecer arrogante me posicionar desta forma, mas eu prezo pela sinceridade. Sou tão intensa que me desgasto emocionalmente com facilidade. Por isso, hoje, quando começo a sentir raiva, me dá preguiça. Por escrever, habito no imaginário erótico de homens e mulheres. Mas eu não sou sedutora nem presa, sou predadora.

Marla de Queiroz



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