Silêncio
Tem dia o silêncio espeta por dentro
e as emoções carcomidas pela falta de.
Fica um embrulho vazio na garganta, eu sei.
Uma bolha de angústia.
O corpo sem responder a qualquer resquício de otimismo.
Nenhuma palavra escorre para os dedos,
mas a mente inquieta.
Silêncio...
Se tem dor dormida dentro,
brasa acesa não aquece.
Dormência fora, encontro de insônias,
cansaço sem lugar para encostar o corpo
por causa do vazio atrás e dentro.
Eu sei como é.
Só se encontra amparo onde há braços.
Marla de Queiroz
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