Algum vento. E um punhado de folhas indo e vindo, palavras que secam na saliva, lágrimas que escorrem assimetricamente, gargalhadas projetadas para o céu conversando com esboços de nuvens. Algum vento. E a lua cheia de si convida as pessoas pra rua. Areia, mar aberto, ondas em rebento, rocha lisa acariciada pela brisa. Algum vento. E nenhuma esperança corrompida, céu aceso, becos com saída, túneis dispensados de seus breus. Algum vento. Sopram-me notícias de tua chegada, mão estendida, olhar extremoso, abraço pra sempre, o beijo gostoso: e quem te dará a mão sou eu.

Marla de Queiroz

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